terça-feira, 14 de maio de 2013


Rodeios enfrentam nova ameaça, alertam tradicionalistas

ter, 14/05/13
por Giovani Grizotti |categoria Tradição

Liderados pelo presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre, Cleber Vieira, tradicionalistas  devem protestar contra a norma
da secretaria da Agricultura, que exige Guia de Transporte Animal (GTA) para cavalos, o que implica na realização de exame para detecção de anemia nos animais a cada dois meses. Eles prometem realizar uma cavalgada no próximo dia 28 até o Palácio Piratini e superintendência do Ministério da Agricultura e ameaçam acampar no pátio da secretaria da Agricultura, até serem recebidos para diálogo. A concentração está marcada para acontecer ao meio-dia, no parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre.

Para obter a guia, o custo pode chegar a R$ 165,00, segundo o funcionário público Luiz Armando Soares, laçador que apóia o protesto. Ele diz que são R$ 35,00 para o exame, R$ 100,00 para o veterinário e ainda R$ 30,00 de taxa para a emissão do documento. Gastos a cada dois meses, esses valores  podem tornar inviável a participação de muitos tradicionalistas em rodeios e cavalgadas. “O fato é que se o deputado Ricado Trípoli não acabou com os rodeios, o governo do Rio Grande do Sul,  através da Secretaria da Agricultura, vai acabar, pois muita gente esta pensando em largar, porque os custos burocráticos ficaram proibitivos”, argumenta Soares.

A sugestão dos tradicionalistas é para que o governo aumente o prazo de validade do exame  de dois para seis meses. A multa para quem for flagrado sem a guia é de R$ 1.130,00.

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, disse  ao Repórter Farroupilha que está cumprindo uma norma federal  ”A  exigência do exame não é um capricho ou forma de ganhar dinheiro”, declarou. A anemia, segundo ele,  é uma doença transmissível. “Uma vez constatada, o animal deve ser sacrificado”, advertiu. Mainardi afirmou que vai propor ao ministério da Agricultura o aumento do prazo de validade do exame, que passaria para quatro meses, renovável por mais dois. Num segundo momento, a idéia é realizar um estudo para fixar diferentes prazos conforme a incidência da doença em cada região do estado. Onde não há  anemia equina, o exame teria validade de seis meses.

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